quarta-feira, 27 de abril de 2011

Não é drama, é o meu ponto de vista.


Uma barra de chocolate, uma comédia nada romântica, enrolada no meio de travesseiros e meu edredon. Não penso em nada, só rio. E assim continuo, até me cansar, ou o filme acabar, e eu cair no sono.
No momento não vejo sensação mais reconfortante que esta. Uma manhã fria de outono, a calma da minha quieta e amigável companhia a livre sensação da falta de responsabilidade. O vazio no meu peito é quente, e me deixa ainda mais confortável, mesmo com a fria certeza de que sou indiferente ao mundo, ao tudo, com exceção a mim.
Coisas boas acabam, mas tristezas não são eternas, e em manhãs geladas como esta, consigo ter essa certeza ainda mais clara e sorridente.
Outono, inverno, primavera e verão são só manifestações da natureza nos dizendo pra respirar fundo, dar mais uma mordida na barra de chocolate e esperar, pois logo, tudo estará diferente, e diferente não é ruim, só... Novo.

domingo, 24 de abril de 2011

Um pequeno trecho de Morangos Mofados - Caio F Abreu



Feito febre, baixava às vezes nele aquela sensação de que nada daria jamais certo, que todos os esforços seriam para sempre inúteis, e coisa nenhuma de alguma forma se modificaria. Mais que sensação, densa certeza viscosa impedindo qualquer movimento em direção à luz. E além da certeza, a premonição de um futuro onde não haveria o menor esboço de uma espécie qualquer não sabia se de esperança, fé, alegria, mas certamente qualquer coisa assim.

Acho que as vezes é necessário que coisas ruins aconteçam, para que possamos dar mais valor ás coisas boas, quando elas acontecem.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Entre grades.


A cada dia ficamos sabendo de uma nova história pior que a anterior, que nos deixa cada vez mais assustados com a raça humana.
Já faz quase uma semana, mas ainda estamos todos chocados com o massacre que ocorreu no Rio. Um homem vai ao colégio onde estudava, deixa uma carta dizendo como deve ser velado e enterrado, e antes de se suicidar, mata doze crianças e deixa outras feridas.
A escola é meio que a segunda casa das crianças e adolescentes. É nela onde aprendemos a interagir em sociedade, além dos conhecimentos gerais que nos levarão a escolha da profissão que teremos um dia. Logo, por ser um lugar tão importante, devia ter a segurança adequada para os alunos, professores e outros funcionários.
Wellington Menezes não teve problemas em entrar no colégio com duas armas na mão, e se um professor não tivesse conseguido escapar de um dos tiros e sair correndo para chamar a polícia, poderia ter sido pior...
Por mais que ninguém fosse imaginar que algo assim fosse acontecer aqui no Brasil – já que vemos isso acontecendo sempre em países como os EUA – é bom estarmos em alerta, pois as coisas não são mais como antigamente, e a insanidade das pessoas está maior do que nunca.
No mundo onde vivemos hoje, até mesmo escolas precisam de câmeras e detectores de metal nas portarias, e seguranças que determinem quem entra e quem sai.
Pode parecer exagero, ou algo fora do comum, mas atualmente é essa a nossa realidade e é preciso que nos previnamos.

Nota da autora: Creio que seja importante ressaltar que estou - não só indignada - como desapontada com tudo o que vem acontecendo aqui no Brasil, e me assusta pensar que ao mesmo tempo que a raça humana tenha progredido tanto em alguns aspectos, esteja regredindo tanto em outros, como a falta de amor ao próximo e a brutalidade. O ato de alguém tirar a vida de tantos inocentes, propositalmente, e não sentir nenhuma culpa. 
Podem defender o cara, dizer que ele era insano, que ele teve um histórico propenso a isso, e que ele sofreu muito na vida: Nada justifica uma coisa como esta.

sábado, 2 de abril de 2011

Cada acento, ponto, e vírgula em seu devido lugar.



Pra começar, acho que devo esclarecer: Não sei do que irei tratar aqui, agora.
Sei que quis escrever e, conseqüentemente, é o que estou fazendo.
Hoje eu tive uma manhã cansativa, repleta de um desânimo que aumentava mais e mais com cada nova notícia ruim que eu recebia.


Um dia você opta por crescer, então você começa a se responsabilizar pelas coisas, e da o seu melhor naquilo que está fazendo. Não porque você quer fazer, mas porque você precisa, e, como minha mãe sempre me disse "Se for pra fazer qualquer coisa que seja, faça bem feito.".
Outra coisa que minha mãe me disse e que ficou gravada em mim é que todo o esforço que fazemos é recompensado, frase que, no momento, na minha cabeça, se contradiz com outra lição que aprendi,logo no começo dessa semana; Deus coloca as coisas na nossa vida, como devem ser colocadas. Tudo acontece como tem que acontecer.
Talvez porque eu tenha me esforçado muito para algo, e não tenha sido recompensada como gostaria, e sim, pelo que deveria. 
Ainda não entendo a razão de muito do que me acontece. Não entendo a razão dos meus medos, sonhos e esperanças. Contudo creio que não posso me chatear com as coisas que não saíram conforme meu planejamento, e sim agradecer pelo que saiu melhor.
Deus escreve certo sobre linhas tortas e faz tudo de acordo com o que deve ser feito.
Hoje, não entendo nada, mas amanhã, quando eu olhar para o meu futuro ontem e ver o modo mágico como as coisas mudaram, e como - de maneira mais mágica ainda - esses pequenos detalhes ruins de agora ocasionaram coisas muito melhores, talvez eu chore de alegria.


Acho que era isso o que eu quis dizer. Interpretem como preferirem.
Um abraço, Maria.