domingo, 26 de junho de 2011

Don't trust me!


Por mais que a solidão seja questão de escolha, cada escolha que fazemos é reativa a escolhas de outras pessoas que afetaram as nossas vidas. Existe uma sociologia/filosofia que diz que a ação do homem é uma reação a de outra pessoa, e que somos induzidos a partir de crenças e costumes antigos a agir e pensar de maneira parecida. É sem querer, é uma escolha involuntária, de certo modo.
Eu escolhi ser sozinha assim simplesmente por ter me convencido que os seres humanos não são confiáveis. Mas essa convicção não nasceu comigo, foi implantada em mim aos poucos, conforme comecei a conhecer o mundo lá fora. A imprensa vende a ideia de que ninguém é confiável, e eu sou uma das alienadas que a comprou, após ter tido o coração partido repetidas vezes pelas mesmas pessoas. Mas eu ainda sou tão jovem... Não cabe a mim dizer até quando vai durar. Deus que ajude, porque a sanidade está difícil de conseguir hoje em dia. 

quinta-feira, 9 de junho de 2011

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Palavras reais, para seres imaginários.



Boa noite, amigo. Como vai? Já fazia um tempo que não vinha te visitar, então resolvi passar aqui hoje, só pra dizer um olá.
Eu tô bem sim, graças a Deus, mas últimamente as coisas andam meio cinza por aqui. É muita pressão, pouco ânimo, mudanças instantâneas e repentinas... É muita areia pro meu caminhãozinho.
O bom é que eu tô me superando. Tô conquistando cada vez mais coisas que eu jamais pensei que eu teria, tô começando a lidar melhor com a ideia de que Nem-Tudo-É-Como-Você-Quer-Nem-Tudo-Pode-Ser-Perfeito... E eu até que estou me virando bem com esse negócio de lidar com as minhas perdas. Essas mudanças que eu estou planejando e fazendo são difíceis, sabe? Durante essas últimas semanas as pessoas - queridas - ao meu redor só fizeram reclamar. Do jeito como eu sou, do jeito como eu lido com os meus problemas, do modo como vivo... Ninguém sabe pelo que eu estou passando. Ninguém sabe o real motivo do que está me acontecendo, e as conclusões que eles tiram, as respostas que eles pensam que são as certas, não estão no gabarito de resoluções dos meus problemas. 
Além disso tem os tais dos segredos que todo mundo fica escondendo de mim, por causa do bendito do retiro que eu vou fazer, e isso acaba me deixando com raiva demais, afinal, desde pequena, a qualidade - ou defeito - que me move a buscar tudo na minha vida é a curiosidade. Eu gosto de ficar sabendo de tudo, odeio ser deixada de fora e sempre vou até o fim para descobrir as verdades que as pessoas tentam me esconder. 
Mas enfim, mesmo com tanta virgula, tantas aspas, e estes tristes pontos finais que Deus está colocando na minha vida últimamente eu creio que eu estou indo bem. Mesmo sem o apoio de n-i-n-g-u-é-m. Mesmo tendo que lidar com tanta merda de dúvida sozinha, mesmo com essa minha carência que é irritante até mesmo para mim. Não sei se tudo vai ficar bem. Minhas previsões do futuro sempre são muito falhas pra tentar dar um palpite, mas vai tudo ser como tem que ser... Até as coisas ficarem azuladas e mornas novamente. Ou ganharem uma nova cor.
Manda um abraço pra Liesel e diz que eu estou com saudade dela também! Se minhas leituras não estivessem tão atrasadas, eu adoraria ler sua história novamente. Creio que seria ótimo pra mim.
Mas enfim, te cuida que eu tô indo embora agora! Um beijo e até outro dia...
Maria