domingo, 29 de abril de 2012

Me vê 100g de desapego e 200 de autoestima!


Quero escrever sobre alguma coisa alegre. Quero pegar algum tema bobo e fazer um texto que seja tão divertido pra mim quanto pra vocês, mas – lamentavelmente – não sei como fazer isso agora, então vim só dar uma passada. Falar um oi, tá tudo bem, estou vivíssima e diria que até feliz. OI? COMO? QUEM É VOCÊ E O QUE FEZ COM A MARIA?
Haha, lógico que eu não explodindo de felicidade, vomitando corações e essas coisas, mas eu to tão neutra que se uma boiada passar na minha frente, sendo guiada por um homenzinho nu e verde, eu não vou apresentar nenhum tipo de expressão...
Okay, talvez eu apresente alguma microexpressão de surpresa, mas nada de escandaloso.
E por falar em escândalo, ta aí uma coisa que eu preciso muito parar de fazer. Eu juro, juro mesmo, que é sem querer. Não consigo não berrar de felicidade quando eu encontro alguém que fazia falta nos lugares, não sei andar sem tropeçar, não sei ser quieta, por mais que eu me considere super introvertida.
To com vontade de doce (o que não tem nada a ver com os parágrafos anteriores, eu sei) e to tão zen, que comeria um brigadeirão inteiro sozinha agora de boa. Sem dar a mínimo para os quilinhos que eu ganharia, ou pra coisa alguma.
Ah, ta aí uma coisa boa que eu tenho pra contar. Desencanei.
Pra quem não sabe (todos você, provavelmente) eu estava descontrolada por causa do meu peso. Queria emagrecer de todo jeito. Tomava remédio, comia menos e chorava toda santa noite de arrependimento, quando lembrava que eu tinha comido alguma coisa (Exagerada, eu? Magina!). Mas aí eu parei pra pensar... E cara, que merda eu estou pensando? As vezes eu fico boba com o modo como eu consigo ser tão superficial com algumas coisas.
Se matar por causa da aparência é tão bobo... Porque você se foca tanto no que os outros pensam sobre você, que começa a se enxergar mal, a gostar menos de você... E de tanto olhar pra fora, esquece-se do que tem por dentro (que é do que devemos cuidar mais). Beleza acaba, gente. Por preferi desencanar e ser feliz comendo tudo o que eu tenho vontade.
Já passou da hora de eu crescer e aprender a me aceitar do jeito que eu sou, né.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Confeccionando futuros.



O cursinho é bem diferente do colegial. Apesar de estarem vendo as mesmas matérias de antes, o modo como as pessoas as vem é completamente diferente. Apesar das conversinhas de canto, e todo aquele meme que existe em toda a sala de aula, estão – quase – todos interessados. Afinal, quem está lá sabe muito bem o que é ficar por pouco, e não quer repetir os mesmos erros do ano anterior.
Essa semana durante a aula, enquanto eu lutava pra manter os olhos e a mente abertos, fiquei observando o pessoal e acabei dispersando minha atenção, imaginando como seriam meus colegas depois de formados.
Alguns querem ser arquitetos, designers, engenheiros... A maioria, é claro, médicos. Enfim, fiquei olhando – disfarçadamente – para o rosto de cada um, e os imaginando. Alguns se encaixavam perfeitamente no personagem, outros, em meu ver, ficariam melhor em outros papéis. Mas quem sou eu pra dizer alguma coisa? Logo eu, que nem conheço essas pessoas direito... Não valho nada, mas imaginar – em silêncio – não mata ninguém, né?
Após completar minha avaliação sobre a turma, pensei nos meus amigos e acabei desanimando um pouco quanto ao meu futuro.
Não todos, logicamente, mas aqueles que eu sei que nunca encontraram barreiras altas o suficiente que os impedisse de correr atrás daquilo que querem. Eu tenho amigos que são tão determinados, e conseguem as coisas de uma maneira tão satisfatória, que me deixam atordoada. E o que eu sinto não é dor de cotovelo não, porque eu sei que ás vezes eu sou meio preguiçosa e pessimista demais, e isso me breca, mas sim admiração. Por que eu sei que não é fácil, mas eles estão na luta. E fazem questão de dizer – sem se achar as pessoas mais fodas e incríveis do mundo – que estão evoluindo, depois de muito esforço. Acho isso muito lindo. Pessoas que “não se esforçaram” e conseguiram, me dão um pouco de nojo. Não é inveja, mas é meio esnobe sair gritando por aí que você conseguiu aquilo que queria sem nem ter se esforçado... Nossa, ual! Isso é pra nos deixar admirados? E aí, qual a graça de conseguir algo sem ter feito nada pra merecer? Jogar na cara dos outros? Hm, parabéns.
Ok, ok, vamos parar de babaquice... Só estou aqui agora porque após parar pra pensar me senti na obrigação. Não só por fazer tempo que eu não escrevo nada, mas porque eu preciso demonstrar meu respeito e parabenizá-los... A todos vocês que, após tanta luta, finalmente estão começando a obter resultados, e principalmente pra vocês – que mesmo não tendo conseguido nada ainda – não desistiram. Vocês que se esforçam, e não tem medo de admitir, são incríveis. Não sei se tive sempre a mesma coragem.