Tenho estado muito ausente ultimamente, perdida entre livros e novelas.
Voltei ao normal, de certo modo, pois as frequentes ocupações que tenho tido me
impedem de pensar e lembrar demais. Desse modo eu sofro menos, fico mais
alegre. Até me divirto...
Voltar pra casa após uma cansativa semana fora é muito bom. Deitar na
minha cama, assistir meus seriados, ver meus pais e meus amigos... É ótimo. Mas
como tudo tem seus dois lados, quando venho pra cá o sossego me faz prestar
atenção ao mundo ao meu redor, assim me deparo com tudo o que vem acontecendo e
eu não quero ver. Me lembro de tudo que eu faço tanto esforço pra ignorar, e
fico chateada. Podem dizer; Estou errada. Não devia estar sendo assim, tão
covarde. Não devia fingir tanto...
Afinal, ninguém consegue ignorar a vida por muito tempo. Ninguém
consegue fugir dos problemas pra sempre. Quanto mais a gente ignora, mais
neuroses e muros são formados em nossa mente. E o acumulo de tanta lembrança
formou uma bola de neve que desce rolando pela minha cabeça. E a cada giro,
maior ela fica.
Enfrentar a realidade é necessário. Eu deveria ser mais crescida, mais
madura, mais responsável. Mas eu rio ao pensar em me definir com essas
palavras, levando em conta a eterna ingênua infantilidade com a qual eu lido
com a minha mente, tão fantasiosa.
Não sei o que fazer. Nunca fui ensinada, e não sei aprender nada
sozinha.
Eu sei que esse texto não faz nenhum sentido pra vocês, mas eu precisava
dele. Sinto falta de jogar palavras pro alto e deixar que elas se esparramem
pelo chão. Sem precisar de um sentido exato, podendo gerar qualquer
interpretação...
Acho que é por isso que eu to aqui hoje.
Beijos pra vocês, e espero que da próxima vez, eu tenha um tema mais
interessante do qual falar.
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