quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O silêncio das estrelas.

Ontem foi o pior dia da minha vida, mas eu não vou nem arriscar dizer o que aconteceu, pois tenho certeza que ninguém aqui entenderia. “Me preparei” pra esse dia o ano todo. Tomei todos os remédios que pude, falei sobre o assunto com várias pessoas, afim de que a carga e o medo diminuíssem, mas vocês sabem, não importa o quanto você se prepare pra algo, você nunca está totalmente pronto pra enfrentar seus medos. E na hora H, aterrorizado ou não, você deve erguer a cabeça, fechar os olhos, e esperar pelo melhor.
Algo que andou me frustrando muito, desde o começo de minha preparação para o “grande evento”, foi a reação das pessoas ao meu redor. Minha família, meus amigos mais próximos, todos dizendo o quanto eu estava sendo exagerada(ok, entendo que eu pareça extremamente exagerada pra todo mundo, entendo MESMO) e que não ia mudar nada. “Como assim, não vai mudar nada? Vai mudar tudo! Já está mudando tudo!” – Eu não entendia como aquele sofrimento, que tornou-se uma cruz tão pesada pra mim, podia ser interpretado com risos e piadinhas(by the way, achei algumas delas inaturáveis, estúpidas e desnecessárias DEMAIS!). Senti muita raiva, ódio, solidão. Achava inaceitável, pois família e amigos existem pra te aturar, pra te ajudar, pra sofrer com você, pensava eu. Só pensava. Pensava e só. Na verdade família e amigos existem pra gostar de você apesar das suas imperfeições. Conhecer seus defeitos, odiá-los, mas ainda assim amar você. Enfim...
A pior parte de qualquer dor é saber que a sentimos sempre sozinhos. Não importa o quão gentis e compreensivas as pessoas sejam, no final, a gente encara mesmo tudo sozinhos. Ninguém entende a dor alheia, nem sabe como lidar com ela. Se nem nós sabemos direito como lidar com nossas dores, imagine os outros. Então, se o seu “drama” é muito grande, se o incômodo que você sente com aquela “coisinha atoa” é “exagerado”, aprenda a tentar ser compreensivo com o outro você também. Ninguém além de você sabe o que você está passando de verdade. Pode ser que alguém já tenha vivido uma situação parecida, mas nunca a mesma. São nas horas difíceis que aprendemos a aceitar a solidão e a usar toda a força que temos. E é isso o que nos tornará pessoas melhores.
Acho que era só isso que eu queria dizer. Um beijo.


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Nair.

Introdução

"Quando a morte conta uma história, você deve parar para ler" A menina que roubava livros.


*


Quinta-feira, treze de Dezembro de 2012. Quatro horas da tarde.

A morte é sempre um confronto com a vida. Querendo ou não, ela nos deixa cara-a-cara com o pouco que vivemos e nos desafia a correr atrás daquilo que gostaríamos de ter feito.
Alguns meses atrás minha bisavó faleceu, e eu nunca tinha perdido alguém próximo antes. Foi nesse dia que eu descobri o quanto a morte me é estimulante. Enquanto assistia os corpos dos meus familiares debruçados uns nos outros em meio a tantas lágrimas e desespero, eu só conseguia pensar em tudo o que a vida ainda poderia nos oferecer, e - vez ou outra - ao pousar os olhos naquele corpinho frágil, mas com uma aparência tão serena, aconchegado no caixão, a única coisa que eu sentia era orgulho e alegria pela vida que ela viveu. E quanta vida, quanta força! Mesmo com todo o desconforto e debilidades geradas pela velhice, sempre ganhou de dez a zero em animação e juventude de todos os filhos, netos, bisnetos, ou jovens que estivessem ao seu redor. Isso com noventa e nove anos!
Acredito que se a força do espírito ultrapassasse a do corpo, teria vivido mais noventa e nove.
Enquanto todos lamentavam sua morte, eu a admirava, certa de que sua partida só ocorrera porque era a hora e que sua passagem pela terra não havia sido em vão.
Deixou aos filhos, netos, bisnetos, amigos, e companheiros de igreja lembranças, lições preciosas e saudades. E é isso o que classifica uma vida bem vivida. Uma história bem contada.
Foi uma mulher admirada com uma vida admirável. 
Naquele dia, antes de viajar para as cerimônias  de seu "encerramento", prestei uma singela homenagem a ela com um texto, publicado aqui nesse blog. Curiosamente, até hoje ele continua sendo o mais visualizado. Tenho certeza de que isso só acontece pois tentei colocar nele a força e a alegria que ela tinha.
Hoje a data não é especial, não seria seu aniversário, nem nada, mas lembrei dela. As lágrimas ainda se recusam a cair, e suas lembranças ainda me fazem esboçar um enorme e aberto sorriso.
Não sei se minhas futuras perdas serão encaradas da mesma forma, mas hoje... A morte continua sendo inspiradora.

*Link do texto citado acima, aos interessados: http://verdadesqueinventei.blogspot.com.br/2012/05/vida-continua-sendo-uma-garrafa-de.html

domingo, 2 de dezembro de 2012

Ausência.


"Após espetar seu dedo na agulha, Aurora entra em um sono profundo, e só consegue acordar após o beijo de seu príncipe." Nunca gostei muito de A Bela adormecida, mas durante essa semana, no meio de uma das minhas crises de reflexão exagerada, acabei encontrando todo o sentido nele. Durante alguns momentos consegui até me identificar com a princesa, desejando, com toda a força do mundo, que meu príncipe chegasse logo.
É tudo uma grande metáfora, mas a parte incrível, é que algumas pessoas vivem mesmo o drama de Aurora. 
Um exemplo perfeito é aquela garota que era tímida, quieta e "sem sal", que de uma hora pra outra ficou linda, carismática e extrovertida. 
No primeiro momento, todas as características "apagadas" da garota representam o sono profundo no qual ela se encontrava, e o segundo representa o despertar de seu melhor lado a partir do beijo do príncipe, que simboliza a cena marcante que a garota viveu, ou assistiu que a fez mudar. O "gatilho", que desencadeou sua mudança.
Alguma pessoas só precisam de um dia diferente. Um acontecimento tão marcante que as faz entrar em choque com sua vida. Aí, em questão de segundos, elas mudam. Esquecem do medo que sempre sentiram e vão. Descobrem uma autoconfiança e força que não conheciam. 
É esse o sentido de A Bela adormecida. 
"A música ainda toca no mesmo ritmo, o que mudou, foi o modo como você a interpreta agora."
  

sábado, 13 de outubro de 2012

Sua liberdade é o que te prende.


A vida é uma eterna contradição, e pra conseguirmos lidar com ela, a única saída é encontrar, em meio a tantos extremos, um equilíbrio.
Você precisa aprender a se permitir. Provar novos sabores, lugares, pensamentos, músicas, pessoas... Afinal, são as nossas experiências que nos mostram o que nos agrada ou não.
Mas não pode se esquecer de quem é e daquilo que você acredita, pois, longe de nossa ideologia, nos tornamos seres nulos. Vazios. Influenciáveis. 
Sendo assim, aprenda a se impôr também. Aprenda a agir de acordo com suas vontades e respeitá-las, mesmo que os outros não respeitem. Ou você vai ficar sempre assim, de cara emburrada, olhos caídos, achando tudo ao seu redor sem graça. 
Deixe a culpa de lado, e organize seus pensamentos. Se não tá bom de um jeito, tenta de outro. Se aquelas pessoas já não te fazem o mesmo bem que faziam, vai conhecer novas.
Vai atrás do que te faz feliz e deixa que os outros façam o mesmo... Ou então continue aí sentada, de maquiagem borrada e cara amarrada, esperando, em vão, que as coisas melhorem sozinhas. 

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Psicologia delirante da madrugada.



Quando nosso cérebro percebe que um determinado tipo de comportamento faz com que consigamos o que queremos mais rápido, ele o registra, fazendo – imperceptivelmente – com que ajamos de tal modo com cada vez mais frequência.
O problema é que tanta frequência transforma esses pequenos e – aparentemente – inofensivos atos em hábitos. Assim agimos repetidamente do mesmo modo sem nos darmos conta, e – mesmo não sendo tão sério, ou parecendo grande coisa – acabamos incomodando muita gente.
A sinceridade daqueles que nos consideram, nesses casos é de importância vital, pois é ela que irá fazer com que reflitamos e vigiemos mais nosso comportamento. E é só com essa vigilância que conseguiremos entender o que acontece e mudar, de pouco em pouco, essas manias...
Mas não podemos deixar de lado a aceitação, pois ela também importa. Algumas pessoas, mesmo sem saber direito por onde começar, estão dispostas a mudar certos costumes, pois também se consideram prejudicadas por eles. Mas outras não. Há quem se aceite mesmo em seus piores momentos, e ainda goste deles. Há quem não ache alguns maus hábitos tão ruins assim. E é aí que devemos guardar o que pensamos pra nós e nos afastarmos, se aquele tal habito nos incomoda tanto assim.
Não nos esqueçamos também, que existem hábitos e defeitos. E nossos defeitos, mesmo podendo ser melhor trabalhados, não podem ser mudados, mesmo com todas as terapias... E se aquilo que nos incomoda em alguém não é só um hábito, mas um defeito, a única coisa que podemos fazer é pesá-lo. Se as qualidades de quem te irrita tiverem mais relevância que os defeitos, só te resta contar até dez, respirar fundo e ignorar aquilo que te incomoda, pois ninguém é perfeito e um dia todos teremos que aceitar isso. 

domingo, 2 de setembro de 2012

Só é lembrado quem é visto.



É muito fácil falar. Eu sei. Dizer que acabou, que tudo está perfeito e que seguiu em frente. É muito fácil dizer que você não se importa mais. Sorrir com descaso também. Difícil é se convencer disso, enquanto a vê nos braços de outro, ou rindo atoa por aí, dançando com as amigas. Difícil é não sentir uma ponta de raiva e tristeza enquanto você fuça em todas as redes sociais dela e vê que não existem indiretas pra você, só fotos meiguinhas, dessas que ela gosta tanto, de bichos de pelúcia e bolinhos no instagram. É isso o que eu quero que você diga. A verdade. Quero que você assuma que não gosta de viver sem ela. Mesmo sabendo que um dia vai passar e que você vai superá-la de verdade. 
Você subestimou a garota errada, mas só percebe agora que não há mais o que fazer.  Você mentiu muito pra ela, tratou ela como capacho.. Usou enquanto pôde. Depois jogou fora, como se ela fosse um dos seus carrinhos quebrados. Esqueceu que ela era de carne e osso, e que poderia sair do lixo a qualquer momento, ir pra sua casa, tomar um banho quente, se arrumar e sair pra rua toda consertada. E o pior, melhor do que quando você a conheceu!
Pois, amor. Só é lembrado quem é visto. E eu aposto que ela é a sua paisagem favorita. 

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Mergulha!




É verão e a tarde está quente demais. Todos estão na piscina, e você está louca pra entrar também, mas ao passar os dedos dos pés na água, sente que ela está fria demais. Isso te faz desistir por alguns minutos, mas a insistência dos seus amigos te faz esquecer o medo e entrar também.
Para não perder a coragem, você toma impulso e pula de uma vez.
Os primeiros momentos na água são os piores, devido ao choque entre a água fria e seu corpo quente. Mas em menos de um minuto o choque passa e a temperatura do seu corpo entra em equilíbrio com a água. Daí você relaxa e – finalmente – aproveita a piscina.
O mesmo acontece quando novas oportunidades surgem em nossa vida.
No começo temos receio, por mais que tudo esteja lá, a nossa espera. Por que o novo sempre assusta, com seus “E se?” que não se calam.
Isso nos faz desistir por algum tempo, mas depois de muita motivação das pessoas que amamos, deixamos o medo de lado e arriscamos.
Depois disso, nos adaptamos, mesmo com certa dificuldade, com as novas situações que temos de enfrentar, até o dia em que finalmente conseguimos aprender a lidar com a vida. Pra que só então consigamos disfrutar o que conseguimos.

Obs. Mas só até a chegada da próxima surpresa, que nos exigirá novas apostas, que pode nos levar a erros que nos trarão novos aprendizados que nos conduzirão às próximas vitórias. E assim vai!

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Keep calm, baby.

Há quem prefira arriscar-se a ponto de botar tudo a perder, por medo de perder tempo. Há quem prefira atropelar o tempo, pra viver tudo de uma vez. Já eu, depois de tanta coisa já vivida mentalmente, aconselho pra que deixe estar.. Deixe que o tempo passe e traga o que tiver de trazer! 
Chega de passar noites em claro chorando e se martirizando por aquilo que você não conseguiu. Já passou. Chega uma hora na qual todos crescem e evoluem, e não é porque sua vez ainda não chegou, que ela nunca vai chegar.
Calma, por favor. Eu sei que dói. Dói muito. Te deixa mal e desesperado. Mas você conseguiu suportar essa tristeza por tanto tempo, que é bobo pensar que não aguentará mais um pouco. 
Só um pouco mais de paciência! Eu tenho certeza que tudo vai melhorar e então você vai conseguir tudo o que tanto almeja.
Vai sim. E quando acontecer, vai guardar essa euforia pra você, que é pra nenhum invejoso te atormentar com seus falsos cumprimentos e comentários maldosos. 
Cada um é digno e o único dono de sua vitória, e esse é um bem tão raro é precioso que não deve ser compartilhado a qualquer pessoa.
Esse é meu único conselho pra você essa noite. Por que eu sei que você vai ler, e quando o fizer vai acabar concordando comigo.
Não perca a força, nem o foco e principalmente a fé. Por favor.

sábado, 30 de junho de 2012

Meus sete anos de azar!



Foi em uma segunda-feira. Havia voltado mais cedo da escola e como não lembrara de descongelar nada para o almoço, decidi dormir um pouco, e depois comer qualquer bobagem para enganar o estômago. Acordei às duas da tarde morrendo de fome, e de desespero; Tinha de fazer uma redação para sexta, e ainda não havia conseguido pensar em nada. Comi um pacote de bolacha e me sentei. Passou-se uma hora, e a folha que segurava em minhas mãos continuava em branco. Como boa neurótica que sou, comecei a duvidar da minha capacidade com as palavras, imaginando que não conseguiria passar no vestibular, ou – se conseguisse – não conseguiria lidar com o curso, e então a minha imaginação rolou, projetando acontecimentos que ficavam cada vez piores. Liguei pra minha mãe, contei sobre meus pensamentos, implorei pra que ela fosse me buscar e comecei a chorar feito uma criança boba.
Enquanto falava com ela, decidi arrumar meu guarda-roupa. Quem sabe ao conseguir manter algo arrumado, eu teria alguma idéia pro texto ou me acalmaria... Foi então que, em um segundo de descuido, eu derrubei meu espelho no chão, quebrando-o em vários pedacinhos. “Pronto. Agora vou ter sete anos de azar!” – pensei, aumentando meu desespero. As lágrimas, que já haviam parado há algum tempo, voltaram, e o choro saiu mais forte e mal alto. Minha mãe – que já é POUCO preocupada - devia estar tendo um ataque do outro lado da linha. Queria ir pra Bauru na hora, e ficar comigo o resto da semana.
Desliguei o telefone, limpei a bagunça do meu quarto e sentei na cama. Já estava um pouco mais calma, mas a culpa (minha redação já devia estar pronta... E eu nem havia começado!) ainda me assombrava. Cinco minutos depois, meu celular começou a vibrar. Era uma mensagem do sisu, avisando que eu havia sido selecionada na primeira chamada em uma das faculdades que eu havia me inscrito. PASSEI. Comecei a gritar, enquanto tremia. Tá certo que foi em letras (e eu quero cinema...), mas eu passei, poxa! Liguei pra minha mãe, mandei mensagem pras minhas amigas e comecei a pular (essa é a hora em que meu vizinho de baixo começa a me odiar pelo barulho, hehe) de alegria. Fiquei boba. COMO ERA POSSÍVEL? Eu tinha acabado de quebrar um espelho, e agora estava com sorte? Confesso que na hora pensei seriamente em quebrar os outros espelhos que existiam no meu apartamento, mas não fiz nada (também só faltava essa...)!
Depois disso a semana continuou estranha, mas fluindo... Consegui fazer minha redação, arrumar o que tinha de ser arrumado, recebi notícias boas e ruins, e ainda tive que lidar com certas situações nem um pouco agradáveis...  O pior de tudo foi que toda vez que algo incomum e ruim acontecia, eu começava a tremer, pensando no maldito espelho!
Quanta besteira, meu Deus! Só hoje que eu fui perceber o quão longe da realidade – e da sanidade também, convenhamos – o desespero me leva... Como se eu não soubesse que superstições não existem!
Comecei a rir da minha própria idiotice e não consegui parar mais. É muito drama, exagero e desespero, pra coisas pequenas demais. Um espelho quebrado é só um espelho quebrado. Não existe maldição!
No momento, penso da seguinte maneira: Não existe sorte ou azar. O que existe são as conseqüências de nosso estado emocional!
Talvez eu esteja errada, mas isso eu só vou ficar sabendo daqui a sete anos, quando a “maldição” acabar.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Playlist básica pra relaxar um pouquinho.

E aí, minha gente! O FINAL DE SEMANA ACABOU DE COMEÇAR E... E... E... eu não estou nem um pouco animada com ele, oe. 
Se você está com a agenda lotada e vai sambar na cara dos desocupados, com direito a bons drinks, farra e afins, te invejo, porque faz tempo que eu não sei mais o que é um final de semana(cês me entenderam né?), e acho que ainda não será dessa vez que eu vou redescobrir...
Lamentos a parte, hoje eu vim aqui pra postar uma playlist bem de buenas pra quem também está achando que esse fim de semana vai se resumir em comida, filmes e cama...

                                                         1.Human - The Killers



                                                         2.(Cover)Love song - Mathai


3.Sophia - Esteban Tavares 


4.Monomania - Clarice Falcão


5.Blue jeans - Lana Del Rey


Ta aí, cinco músicas bem relax in the waffle pra curtir essa sexta-feira bem de leve...
Um beijo e até qualquer dia! (=


sábado, 16 de junho de 2012

Desaprendi a escrever... De novo!



Queria saber quando essa crise de criatividade vai acabar… O tempo está passando, e eu continuo cuspindo palavras soltas por aí… Frases avulsas nos parágrafos errados, sabe? Não há nada que as amarre, fazendo com que haja uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão. Isso me irrita, porque a escrita em si já é algo incerto e que dá ao leitor a oportunidade de ter várias interpretações… Logo, tirar o sentido de um texto é fazer com que as pessoas não consigam compreendê-lo, e isso é desumano, afinal, já há incompreensão demais hoje em dia, e pra que as coisas fluam melhor, precisamos de pessoas claras que saibam se expressar da maneira mais objetiva possível… E mais ainda, eu preciso arrumar um jeito de me expressar com clareza. De amarrar os parágrafos novamente e dar sentido a eles, sem deixar - é claro - o conteúdo de lado. Ainda mais agora que eu vou ter que enfrentar todo aquele inferno psicológico de novo. Ficando nervosa, me descabelando, chorando nas horas mais avulsas possíveis e com toda aquela droga de desespero que todo vestibulando - sensato - tem. Sem a ajuda da escrita, não vou conseguir fazer nada, porque foi ela quem me colocou na lista de espera da unesp ano passado, e é ela a minha maior esperança pra entrar na faculdade ano que vem.

sábado, 9 de junho de 2012

Monomania.



Não sou especialista. Sei um pouco sobre tudo, e no final das contas, não sei quase nada... Mas quem se importa? Afinal, o que move o mundo são as perguntas sem respostas. Aquilo que não se sabe, mas interessa saber... É isso, não é?
Bem, eu sei que eu deveria estar estudando, ou lendo, ou vendo TV, ou qualquer coisa que não fosse estar aqui sentada digitando, mas cá estou. E como se não bastasse tal crime, ainda ouso remeter esse texto a você. Bem você, que nem sonha – afinal, deve estar na rua, fazendo qualquer coisa mais correta e plausível do que eu – que estou aqui. Ou que eu ainda existo. Ou que eu ainda te escrevo cartas que nunca vou mandar. Ou que eu sinto tanto sua falta.
Acho que no fim das contas eu não mudei nada. Não cresci nada, não amadureci nem um pouco. Continuo sendo a mesma criança mimada, carente, babaca... E que precisa de você por perto pra atender seus caprichos bobos. Nem que seja entre carinhos e brigas intercaladas. Porque mesmo depois de tudo, o seu abraço ainda é o melhor de todos e você ainda é o único que sempre sabe o que dizer e como dizer. Queria você aqui agora – Ah, que novidade -, ou melhor, quero você aqui agora, mais tarde, amanhã, depois, e depois...
Não confunda as minhas palavras, pois eu ainda continuo te querendo do mesmo jeito... Da maneira mais fraterna que alguém pode querer outra pessoa. Não são os olhares afoguentados, os intermináveis beijos, nossa incansável paixãozinha sem nexo... É o sorriso sem jeito, o abraço apertado, o beijo na testa, as palavras ternas... É disso que eu sinto falta. Daquele amigo bobo que me fazia tão bem, e do qual eu precisava – preciso... – tanto.
Volta? Por favor. Eu tenho tanta coisa pra te contar. Arrumei uma nova paixão, e acho que você ia gostar muito dele. Eu gosto muito dele. Ele também gosta de mim e por mais que estejamos mantendo isso da maneira mais sutil, discreta e calma possível, sinto que ele ainda vai me causar muita insônia de felicidade.
Apesar disso, não me sinto muito bem ultimamente. A solidão voltou, e me preocupa. Estou pensando seriamente em voltar a terapia. Tenho medo de voltar a ser como era, e creio que já está acontecendo. Eu passo o dia repetindo pra mim mesma o quanto eu sou bonita, esperta e amada, e mesmo assim, nem sempre me convenço. Não quero voltar a ser aquela menina e to fazendo tudo pra não ser, mas ta difícil. Não tenho mais motivo pra sair de fim de semana. Parei de atender o celular. Choro sem motivo, em qualquer hora que me da na telha.
E lembro de você... Lembro muito, e rezo todo dia(mesmo que escondida) pra que você fique bem. E continue seguindo em frente, prosperando cada vez mais... Tenho certeza que Deus está me ouvindo, porque a cada dia os rumores sobre você são melhores...
Espero que esteja bem, porque isso me faria muito feliz. Espero também – mesmo de maneira inconsciente, que você ainda pense em mim as vezes. E que ainda me queira tão bem quanto eu quero você.
Se um dia sentir saudades, me procura?
Espero-te ansiosamente.
Com amor, Maria.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

A vida continua sendo uma garrafa de tequila!


Se for pra pensar em algo, prefiro que seja em quem ainda está aqui. Se for chorar sobre algo, prefiro que seja por um momento de riso perdido. Se você me perguntar, eu vou dizer que eu estou bem. Não por ser rude, não pra me fazer de forte, mas porque é melhor assim.
Se for pra lembrar de algo, prefiro que seja dos momentos felizes, aí eu vejo que mesmo com todos os imprevistos e as tristezas de hora errada, a vida é boa, meus queridos. É boa e é bonita. E se no momento não está assim é porque ainda vai ficar.
Vou continuar assim; chorando e rindo com a mesma intensidade, se não pra mais.
Por que a vida é curta, meus amigos, e eu prefiro pensar em hoje como se fosse o último dia, e ao invés de ficar sofrendo por desgaste e lamentando aquilo que já passou, quero pensar no que pode ser. No que pode vir.
Cada perda é um ganho, e nada vem ou vai em vão.
Não nego, há coisas que farão falta. Haverá dias que doerá mais, mas não vamos nos descabelar. Não vamos chorar pelo leite derramado. Lágrimas não trazem ninguém de volta.  
Carpe diem.


Em memória de alguém que - com toda a certeza - não gostaria de nos ver chorando por sua partida, mas sorrindo por sua vida. 



domingo, 29 de abril de 2012

Me vê 100g de desapego e 200 de autoestima!


Quero escrever sobre alguma coisa alegre. Quero pegar algum tema bobo e fazer um texto que seja tão divertido pra mim quanto pra vocês, mas – lamentavelmente – não sei como fazer isso agora, então vim só dar uma passada. Falar um oi, tá tudo bem, estou vivíssima e diria que até feliz. OI? COMO? QUEM É VOCÊ E O QUE FEZ COM A MARIA?
Haha, lógico que eu não explodindo de felicidade, vomitando corações e essas coisas, mas eu to tão neutra que se uma boiada passar na minha frente, sendo guiada por um homenzinho nu e verde, eu não vou apresentar nenhum tipo de expressão...
Okay, talvez eu apresente alguma microexpressão de surpresa, mas nada de escandaloso.
E por falar em escândalo, ta aí uma coisa que eu preciso muito parar de fazer. Eu juro, juro mesmo, que é sem querer. Não consigo não berrar de felicidade quando eu encontro alguém que fazia falta nos lugares, não sei andar sem tropeçar, não sei ser quieta, por mais que eu me considere super introvertida.
To com vontade de doce (o que não tem nada a ver com os parágrafos anteriores, eu sei) e to tão zen, que comeria um brigadeirão inteiro sozinha agora de boa. Sem dar a mínimo para os quilinhos que eu ganharia, ou pra coisa alguma.
Ah, ta aí uma coisa boa que eu tenho pra contar. Desencanei.
Pra quem não sabe (todos você, provavelmente) eu estava descontrolada por causa do meu peso. Queria emagrecer de todo jeito. Tomava remédio, comia menos e chorava toda santa noite de arrependimento, quando lembrava que eu tinha comido alguma coisa (Exagerada, eu? Magina!). Mas aí eu parei pra pensar... E cara, que merda eu estou pensando? As vezes eu fico boba com o modo como eu consigo ser tão superficial com algumas coisas.
Se matar por causa da aparência é tão bobo... Porque você se foca tanto no que os outros pensam sobre você, que começa a se enxergar mal, a gostar menos de você... E de tanto olhar pra fora, esquece-se do que tem por dentro (que é do que devemos cuidar mais). Beleza acaba, gente. Por preferi desencanar e ser feliz comendo tudo o que eu tenho vontade.
Já passou da hora de eu crescer e aprender a me aceitar do jeito que eu sou, né.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Confeccionando futuros.



O cursinho é bem diferente do colegial. Apesar de estarem vendo as mesmas matérias de antes, o modo como as pessoas as vem é completamente diferente. Apesar das conversinhas de canto, e todo aquele meme que existe em toda a sala de aula, estão – quase – todos interessados. Afinal, quem está lá sabe muito bem o que é ficar por pouco, e não quer repetir os mesmos erros do ano anterior.
Essa semana durante a aula, enquanto eu lutava pra manter os olhos e a mente abertos, fiquei observando o pessoal e acabei dispersando minha atenção, imaginando como seriam meus colegas depois de formados.
Alguns querem ser arquitetos, designers, engenheiros... A maioria, é claro, médicos. Enfim, fiquei olhando – disfarçadamente – para o rosto de cada um, e os imaginando. Alguns se encaixavam perfeitamente no personagem, outros, em meu ver, ficariam melhor em outros papéis. Mas quem sou eu pra dizer alguma coisa? Logo eu, que nem conheço essas pessoas direito... Não valho nada, mas imaginar – em silêncio – não mata ninguém, né?
Após completar minha avaliação sobre a turma, pensei nos meus amigos e acabei desanimando um pouco quanto ao meu futuro.
Não todos, logicamente, mas aqueles que eu sei que nunca encontraram barreiras altas o suficiente que os impedisse de correr atrás daquilo que querem. Eu tenho amigos que são tão determinados, e conseguem as coisas de uma maneira tão satisfatória, que me deixam atordoada. E o que eu sinto não é dor de cotovelo não, porque eu sei que ás vezes eu sou meio preguiçosa e pessimista demais, e isso me breca, mas sim admiração. Por que eu sei que não é fácil, mas eles estão na luta. E fazem questão de dizer – sem se achar as pessoas mais fodas e incríveis do mundo – que estão evoluindo, depois de muito esforço. Acho isso muito lindo. Pessoas que “não se esforçaram” e conseguiram, me dão um pouco de nojo. Não é inveja, mas é meio esnobe sair gritando por aí que você conseguiu aquilo que queria sem nem ter se esforçado... Nossa, ual! Isso é pra nos deixar admirados? E aí, qual a graça de conseguir algo sem ter feito nada pra merecer? Jogar na cara dos outros? Hm, parabéns.
Ok, ok, vamos parar de babaquice... Só estou aqui agora porque após parar pra pensar me senti na obrigação. Não só por fazer tempo que eu não escrevo nada, mas porque eu preciso demonstrar meu respeito e parabenizá-los... A todos vocês que, após tanta luta, finalmente estão começando a obter resultados, e principalmente pra vocês – que mesmo não tendo conseguido nada ainda – não desistiram. Vocês que se esforçam, e não tem medo de admitir, são incríveis. Não sei se tive sempre a mesma coragem.

sexta-feira, 30 de março de 2012

ESTOU APAIXONADÍSSIMA!



Desculpa, sociedade, mas eu preciso compartilhar! Como todos vocês já sabem eu sou uma maníaca viciada em series do tipo que quando começa, não sossega até chegar ao último capítulo! Começo e termino séries em muito pouco tempo (algo que assusta muitos conhecidos e amigos meus, mas beleza, né galera vamos voltar ao foco... hehehe)!
Mas enfim... Pouco mais de dois meses atrás, se não me engano, encontrei um novo seriado, recém lançado, e achei que tinha muito a ver comigo ao ler a sinopse, pois falava sobre contos de fadas, algo que me encanta desde pequena. Então resolvi começar a assistir. Pra quê? – Eu pergunto a vocês. PORQUE EU FUI INVENTAR DE COMEÇAR A ASSISTIR ESSA DROGA? Desde o primeiro episódio já me vi apaixonada, e a cada novo capítulo mais curiosa e empolgada eu fico.
A série se chama Once upon a time, e – por mais que pra muita gente, ao ler a sinopse, pareça boba – é muito foda!
O seriado conta uma história um tanto quanto peculiar. O bem finalmente vence o mal e cada um dos personagens dos contos de fadas que conhecemos (Branca de neve, Cinderela, etc) conquista seu final feliz. Até a Rainha má – cujo nome é Regina – jogar uma maldição que acabará com todos os finais felizes, prendendo a todos em um novo e estranho mundo – o mundo “real” – sem se lembrar de suas verdadeiras identidades, e vidas. Uma nova realidade na qual ninguém terá seu feliz para sempre, até a chegada de uma heroína que trará de volta a magia a Storybrooke(Cidade amaldiçoada na qual os personagens passaram a viver), e enfrentando Regina, trará de volta os finais felizes, recuperando a memória de seus habitantes.
Uma das coisas que mais me chamou atenção na série, é o modo como os roteiristas conseguiram entrelaçar todas as histórias de contos de fadas, transformando-as em uma só. Cada capítulo fala sobre um conto, mas cada conto é uma peça chave para o outro e todas as personagens tem relação direta entre si. Outra coisa muito legal é tentar adivinhar quem é quem. Só de olhar a aparência física, já dá pra se identificar quem é muitas das personagens, mesmo que não se tenha falado sobre elas ainda.
Bem, acho que é melhor parar agora né? Ou vou acabar contando tudo(e acreditem, estou louca pra fazer isso!). Se tiverem a oportunidade, assistam a série. Garanto que vocês não vão se arrepender. Um beijo, lindos.

sábado, 24 de março de 2012

Fugir da imaginação.



Tenho estado muito ausente ultimamente, perdida entre livros e novelas. Voltei ao normal, de certo modo, pois as frequentes ocupações que tenho tido me impedem de pensar e lembrar demais. Desse modo eu sofro menos, fico mais alegre. Até me divirto...
Voltar pra casa após uma cansativa semana fora é muito bom. Deitar na minha cama, assistir meus seriados, ver meus pais e meus amigos... É ótimo. Mas como tudo tem seus dois lados, quando venho pra cá o sossego me faz prestar atenção ao mundo ao meu redor, assim me deparo com tudo o que vem acontecendo e eu não quero ver. Me lembro de tudo que eu faço tanto esforço pra ignorar, e fico chateada. Podem dizer; Estou errada. Não devia estar sendo assim, tão covarde. Não devia fingir tanto...
Afinal, ninguém consegue ignorar a vida por muito tempo. Ninguém consegue fugir dos problemas pra sempre. Quanto mais a gente ignora, mais neuroses e muros são formados em nossa mente. E o acumulo de tanta lembrança formou uma bola de neve que desce rolando pela minha cabeça. E a cada giro, maior ela fica.
Enfrentar a realidade é necessário. Eu deveria ser mais crescida, mais madura, mais responsável. Mas eu rio ao pensar em me definir com essas palavras, levando em conta a eterna ingênua infantilidade com a qual eu lido com a minha mente, tão fantasiosa.
Não sei o que fazer. Nunca fui ensinada, e não sei aprender nada sozinha.
Eu sei que esse texto não faz nenhum sentido pra vocês, mas eu precisava dele. Sinto falta de jogar palavras pro alto e deixar que elas se esparramem pelo chão. Sem precisar de um sentido exato, podendo gerar qualquer interpretação...
Acho que é por isso que eu to aqui hoje.
Beijos pra vocês, e espero que da próxima vez, eu tenha um tema mais interessante do qual falar.

sábado, 10 de março de 2012

Ilusão que não me tiram!



No que depender de mim, juro que não me importo. Me recuso até a morte a desacreditar no destino. Quando Deus quer, acontece. Independentemente das nossas vontades, e caprichos.
Se tiver que ser, será. Por isso parei de chorar, de espernear, e de gritar. Por isso a dor, ainda latejante, é controlável agora. Por que as coisas mudam, as pessoas se vão e as vagas ficam... Em constante substituição.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Pequena memória de alguém que seguiu em frente.



Era um dia triste de verão. O céu estava cinza e chovia um pouco, mas era o suficiente pra tornar aquela tarde ainda mais melancólica. Estava chateada, e louca pra ficar deitada na minha cama dormindo até o dia seguinte, mas tinha de ir resolver algumas tarefas das quais minha mãe me encarregou. Sentei na portaria do prédio e, enquanto esperava o ônibus passar, fiquei observando a chuva, que pingava leve, mas incessante. Seu Zeca, porteiro do meu prédio, percebendo meu aborrecimento sentou-se ao meu lado.
“Que foi, pequena?” – Perguntou-me ele. “Nada...” – Respondi, desanimada demais pra explicar alguma coisa. “Como nada? E esse bico gigante na sua cara? Acha que eu não te conheço, menina?” – Persistiu ele, e, após um longo suspiro respondi, “Queria que a vida fosse mais fácil! Tô muito cansada desse negócio de rejeição... O senhor acha que eu ainda vou ter que aturar muito disso? Ou tem um jeito de parar?”
E com um sorriso murcho, mas aparentemente divertido, ele me respondeu, “Mas você é boba mesmo, né moçinha? Mas é claro que haverá rejeições! E aproveite-as bem, quando chegarem, pois elas te ensinarão a ser humilde e corajosa pra levantar e seguir em frente. Elas te farão perceber que as melhores e mais importantes vitórias não acontecem da noite para o dia. Levam tempo, persistência e muito esforço... Mas não se desespere nem desanime, minha querida, porque valem a pena! E como valem...”
Seu Zeca era um homem velho com jeitinho de criança. Tinha os cabelos grisalhos sempre cobertos por um boné azul, tal como seus olhos, que ele nunca tirava. Levava um olhar vazio e meio triste, mas sempre que sorria, dava pra ver o quanto ele era feliz, em sua simplicidade. Hoje vai fazer trinta anos desde aquela tarde, e há dez ele já não está mais conosco, mas eu nunca vou me esquecer do que ele disse e de como estava certo... Sobre tudo.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Oi, tchau?



Acho que nunca fui tão feliz a minha vida inteira. Sério, acho que nunca vi tantas cobras alinhadas no mesmo ninho e juntas... Hoje foi um dia épico.
Acho que nunca ri tanto, chorei tanto, ou fiz tanta merda quanto hoje.
É muito bom descobrir quem são as pessoas que se importam com você e quais são as falsas.
Vivemos em um lar de cobras, afinal. Todos sabemos disso. Mas as piores são aquelas das quais não esperamos o ataque.
Mas enfim, quem sou eu pra falar alguma merda? Só vim aqui pra dizer a verdade, como sempre, e a verdade, no momento, é que eu desisto.
Desisto das pessoas, mesmo sabendo que elas tem seu lado bom. Desisto de mim, porque eu to cansada demais de tentar provar pra todo mundo que eu sou boa bastante pra qualquer merda que seja. Desisto de tudo, e não me importo. De hoje em diante, me aguentem, ou melhor, não me aguentem. Porque eu estarei aqui sozinha e não quero nem saber. Um beijo e adeus.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Abre a janela e vai ver o céu; Tá bonito, cheio de estrelas!

A cada dia que passa, eu me afasto mais das pessoas. E eu estou começando a achar que elas entenderam o meu apelo por distância, e estão fazendo o mesmo comigo.
Eu sei, pode ser exagero. Pode ser só uma neurose boba, como todas as outras que eu já tive, mas é essa a minha impressão; Minha companhia tornou-se ainda mais desagradável que já é.
Mas a pior parte é que eu não sei como mudar isso. Eu estou cada vez mais retraída, excluindo-me cada vez mais. E não sinto vontade nenhuma de mudar, de interagir, de me reintegrar a sociedade, a qual eu pertenço.
Quero ficar quieta, sozinha, só imaginando. Um fone de ouvido, algumas músicas que combinem com o clima do meu dia, e só. Talvez um breve fechar de olhos... Um filme, um livro, um novo episódio de seriado... É tudo o que eu quero.
Não gosto disso. Tenho medo. Eu, que costumava sentir vontade de sair de casa, de ver pessoas, ir a festas, rir, brincar, me divertir, ando recusando convites, saindo de casa empurrada, indo a festas e me sentando em um canto, sozinha, ansiando apenas pela companhia de uma dose de alguma coisa forte, na esperança de alguma daquelas falsas alegrias, que já não me enchem mais.
O vazio tá aumentando, ta aumentando muito rápido.
Eu to com medo. Eu preciso de ajuda, o que me mata, pois como boa auto-suficiente que sou, sempre achei que não precisaria de ninguém além de mim pra me salvar.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Oração daquela que não conseguia crer.



Tá difícil, sabe? Nossa, Cara, você não tem noção de como tá difícil!
To deixando o tempo passar, eu juro! To tentando confiar em Você, to rezando, to torcendo! Mas mesmo com tudo isso, ainda dói, e não é pouco. Dizem que logo chega a minha vez, que tudo vai dar certo, que nada é pra sempre e que o meu jogo ainda vai virar! Dizem que eu tenho que rezar mais e confiar plenamente no Senhor... e ainda tem aquele maldito “E se...” que não deveria existir no meu vocabulário, porque como diz a minha mãe, “é o primeiro sinal de descrença!”, mas existe!
Tá foda, sabe? Eu sei que palavrão é feio, ainda mais pra uma garota como eu, que devia ser delicada e cheia daquelas frescuras, mas eu não consigo achar outra palavra que expresse tão bem a minha situação... Tá foda.
Não consigo mais sentir vontade de sair da cama, de me arrumar, de arrumar as coisas, de viver!
To sentindo falta de quem foi embora! E eu sei, eu sei que o Senhor só tirou eles da minha vida porque eu pedi! E eu sei que eu precisava disso, ou preciso, mas mesmo assim... Eu sinto falta!
Também não tenho esperança nas pessoas. Vai soar rude, esnobe, ignorante, e etc., mas Cara, não sinto nenhum animo em conhecer pessoas novas. É como se eu já previsse que elas não vão me agradar, que tudo vai dar errado, que elas não serão interessantes o suficiente pra me distrair. Eu sei, isso foi babaca. Muito esnobe!
Até parece que as pessoas não tem o dom de surpreender, né? Eu sei que tem. Lembra da última vez que eu fiz isso? Que eu fui inventar de achar que tal pessoa sempre seria pouco perto de mim. Apenas um leigo, um ignorante, um idiota que não sabe nem como escrever corretamente? O Senhor fez com que o imbecil se tornasse importante, e hoje, se quer saber, acho que eu é que sou a idiota, e não ele. E isso continua acontecendo... Sabe Cara, você já sabe o que eu quero! Algumas coisas eu te escrevo, outras eu falo bem baixinho, que é só pra Você escutar, mas não custa nada repetir né?
Eu preciso de fé, ânimo (pelo menos pra levantar da cama e me vestir de gente, né!), paz... PACIÊNCIA. E como eu preciso!
Me ajuda com essa, por favor! O Senhor nunca me deixou na mão, então quebra essa pra mim agora!
Se for pra chorar, que seja escondida. Se for pra sofrer, que seja em algum bar, com um copo de cerveja na mão, rindo com os amigos. Se for pra perder, que seja por uma grande vitória futura. Se for pra lutar, que seja por algo que valha a pena.
Que tudo tenha um motivo maior e melhor. Que cada pequena tristeza resulte em uma grande alegria. Que cada sacrifício traga uma recompensa. Que não desistamos, por favor, da nossa vida, e das pessoas que amamos ou poderemos amar um dia. Que a cada nascer do sol, nasça um pouco de esperança nos nossos corações. Que deixemos o medo de lado e arrisquemos. Que as coisas aconteçam(LOGO, PLEASE?), quando tiverem que acontecer. E que seja tudo lindo, mágico e bom. Muito bom.
Obrigada, Cara, espero que – pelo menos – o Senhor leia e entenda o que eu to passando.
Amém.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Capítulo 3??????????



Quem diria, não? Janeiro já acabou, e eu continuo aqui. Confusa, ansiosa, e o melhor de tudo, sem resposta alguma.
Talvez tenha chegado a hora de mudar as perguntas...
Não sei o que estou fazendo aqui hoje. Eu tenho muito a dizer, mas não quero reclamar pra vocês. Estou cansada de vomitar as minhas neuras nos outros.
Mas, enfim, melhor começar o assunto antes que vocês fiquem entediados né?
Hoje uma amiga me disse uma coisa, e sabe que ela está certa?
Eu cresci. Já não sou mais aquela criança com direito a birra. A realidade está começando a cair sobre os meus ombros, e eu tenho segurá-la firme, ou então ela vai me derrubar.
Dá um medo, né? Perceber que o colegial estará sendo substituído pela faculdade. As tardes no clube por estágio. A mesada pelo salário. Os pais por colegas de apartamento... Tudo está prestes a mudar, e logo teremos que aprender a nos virar sozinhos. Por mais estranho que pareça.
Pra alguns essa é a parte que mais assusta; Ter que ir atrás de tudo por sua própria conta, sem seus pais e familiares pra te ajudar o tempo todo.
Mas sabem da maior? É isso o que mais me empolga! Ok, eu vou super entender se vocês estiverem pensando “Cara, essa garota é maluca? Que tipo de retardada prefere abrir mão de ter tudo de bandeja pra ter que ralar um monte pra conseguir alguma coisa?”, mas é sério. Por mais surpreendente que seja, eu sempre gostei de desafios. Ainda mais quando eu consigo provar pra mim e para os outros que eu consigo superá-los sozinha. Mas fala sério, né? Quem não adora? E NÃO ADIANTA NEM NEGAR, EU SEI QUE VOCÊS TAMBÉM AMAM ESFREGAR AS REALIZAÇÕES DE VOCÊS NA CARA DE QUEM DUVIDOU.
Mas enfim, acho que não preciso nem dizer por que eu acho que ter que me virar sozinha é mais empolgante que as festas, a nova cidade, os novos caras que eu vou conhecer (ADOROOO), e o novo começo que eu vou poder criar (e olha que poder se reinventar e saber que ninguém vai saber nada do seu passado que você não queira contar é muito emocionante ein!).
Na verdade o que mais me assusta é a mudança de rotina... O começo, a saudade, a possibilidade de eu não me dar bem com as minhas colegas de quarto (fudeu???????)... Essas coisas “bobas”. O resto eu vou levando.
Agora vem a grande conclusão de todos “Nossa, Maria, então quer dizer que você já passou? Po, gata, parabéns!”- Err, então gente... Na verdade eu ainda não passei(risos)! Tô aqui esperando a lista de espera rodar super calma e confiante (Aham, Claudia senta lá!). Mas de qualquer jeito, se eu não passar (O QUE PELO AMOR DE DEUS NÃO VAI ACONTECER!) vou fazer cursinho em Bauru, onde eu terei que morar sozinha e por isso VOU FAZER FESTA TODO DIA! VALEU GALERA, APAREÇAM!
Brincadeira, não vai ter festa todo dia (e como eu já devo ter dito umas mil vezes vou ter que dividir apartamento).
De qualquer forma, acabou a mordomia! E por mais assustador que seja eu estou pronta pras primeiras linhas deste novo capítulo que está começando! E só torço pra que seja mil vezes mais engraçado e interessante que o anterior... E vocês?

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Love, love, love(...)



Vamos falar sobre amor! E que maneira melhor de representá-lo que pela última cena do seu filme preferido de romance, na qual os dois pombinhos deixam seu orgulho e inseguranças para trás e confessam seus sentimentos através do grande beijo?
CORTA!
Beleza galera! Parou aí, agora vamos todos abrir os olhos devagar e acordar pra vida!
Por que como diz uma amiga, “Filmes de romance são como a cura pra celulite... Tudo mentira!” – Mas então, como descrever esse sentimento, afinal?
Não sei não... Pra ser sincera e direta, acho que eu nunca amei ninguém.
Dizem que amor é algo que dura pra sempre... Que acontece nos momentos mais inoportunos, e que é o mais próximo de mágica que o ser humano pode ter.
Não sei se eu acredito nisso... Acho isso muito estranho. Talvez seja pelo meu histórico... Né? Vamos esclarecer...
Não gosto de me apaixonar! Na verdade eu sempre consigo realizar a incrível façanha de gostar somente de quem não gosta de mim. E, além disso, eu ainda acabo sofrendo muito, culpando as minhas imperfeições e me achando a pior pessoa do mundo, quando passo por uma decepção amorosa... E o pior é que as minhas auto-punições demoram tempo demais pra acabar. Eu sei que é ridículo, eu também acho, mas esse sempre foi(reparem no verbo utilizado no passado. Vou enfatizar de novo: Foi. Não é mais!) o jeito como eu lidava com rejeição... Mas beleza, vamos focar no assunto principal, que sem dúvidas não é rejeição!
Algumas pessoas dizem que não acreditam no amor. Como eu já disse antes, eu não sei se acredito ou não... Acho que amor verdadeiro ainda existe sim, mas só para as pessoas mais velhas. Para as gerações anteriores a nossa.
Ou talvez ele ainda exista para nós, mas não seja o suficiente pra sustentar o “até que a morte nos separe”. Falta respeito, força de vontade. Faltam cupidos com uma mira boa o suficiente pra conseguir acertar duas pessoas e fazer com que elas se correspondam...
 As pessoas têm preguiça de ir atrás do que querem, porque hoje a maioria das coisas é instantânea! Cultivar sentimentos é trabalhoso... Exige esforço, coragem... Algo muito difícil em um mundo no qual fomos educados pra olhar somente para o nosso umbigo.
Mas é claro que existem exceções. Pessoas que conseguem entender o verdadeiro significado do amor, e senti-lo. Sinceramente, eu não sei que tipo de pessoa eu sou, ou se tudo o que eu acabei de escrever está realmente certo... Eu tenho só dezessete anos, não vivo muita coisa... Posso estar equivocada... Mas não tenho muitas esperanças, pra ser sincera.
Meu coração não está partido. Estou muito bem, obrigada, mas eu venho observado tanto ás pessoas, que estou disposta a obter respostas.
Pra vocês, o que é o amor? Vocês acreditam em sua existência? Como vocês identificam esse sentimento?
Beijo.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Me poupe, vai!



Me deixar brava não é nada difícil, todo mundo sabe. Eu sou briguenta, estressada... Apelo mesmo!
Pessoas super brincalhonas que dão risada de tudo e não perdem a oportunidade de fazer piada normalmente sentem uma antipatia enorme de mim, e são correspondias.
Porque quando as pessoas começam a brincar demais, eu me afasto. Recuo porque sei que elas não vão parar de provocar e eu não gosto.
Isso na maioria das vezes me faz ter fama de chata, encanada mesmo... Mas não é bem assim.
Ninguém é obrigado a ter saco pra brincadeiras. Ninguém tem que gostar de tudo e de todo mundo (e sinceramente, pessoas babacas não fazem sentido ou falta pra mim. Nunca fizeram!), só a respeitar.
“Não gosto de como você leva a vida. Não gosto do jeito como você lida com brincadeiras. Não gosto da sua mania de falar de morte, de gostar de morte, do seu pessimismo! Não gosto do jeito como você só gosta de rock e MPB. Não gosto do modo como você odeia pagode e funk. Não gosto do jeito como você perde seu tempo vendo seriados. Você é muito seletiva e eu não gosto disso. Você lê demais, devia parar com isso. Não gosto do jeito como você se veste, você devia escolher roupas mais bonitas, mais eu.” – PARA! Na maioria das vezes, quando eu ouço essas coisas eu sinto vontade de berrar, de tanto ódio “Não gosto do modo como você ri sem parar de coisas que não tem graça. Não gosto de como você machuca as pessoas e nem liga. Não gosto do seu jeito estúpido de lidar com a vida! Não gosto do modo como você é superficial e ridículo! Não gosto do seu namorado, dos seus amigos... Não gosto da sua cara de bunda e nem por isso te mando fazer plástica!”, mas na maioria das vezes eu só fico emburrada.
Na real, alguém pode me explicar porque algumas pessoas insistem em ficar perto de mim se não gostam do meu jeito?
Prefiro mil vezes alguém que olhe pra minha cara e diga “Seu jeito me incomoda e por isso não vou ser seu(sua) amigo(a). Não gosto de ficar perto de você.” Do que alguém que olhe pra minha cara e diga “Olha, eu sou gosto de você, quero ficar perto de você, mas não gosto dos seus gostos e do jeito como você lida com a vida. Você tem que mudar!”  - VELHO, NA BOA? Duvido que você vá mudar seu jeito só porque alguém não gosta. Fala sério! Ou a gente se aceita, e aceita as pessoas das quais gostamos sem ficar atormentando, ou se afasta né?
Pedir pra que as pessoas não julguem é impossível. Eu julgo, tu julgas, ele julga, nós julgamos, e assim vai... Mas convenhamos, é muito mais civilizado fazer isso do seu canto, do que ficar ao lado de alguém que você não gosta, enchendo a paciência.