Ontem foi o pior dia da minha vida, mas eu não vou nem arriscar dizer o
que aconteceu, pois tenho certeza que ninguém aqui entenderia. “Me preparei”
pra esse dia o ano todo. Tomei todos os remédios que pude, falei sobre o
assunto com várias pessoas, afim de que a carga e o medo diminuíssem, mas vocês
sabem, não importa o quanto você se prepare pra algo, você nunca está
totalmente pronto pra enfrentar seus medos. E na hora H, aterrorizado ou não,
você deve erguer a cabeça, fechar os olhos, e esperar pelo melhor.
Algo que andou me frustrando muito, desde o começo de minha preparação
para o “grande evento”, foi a reação das pessoas ao meu redor. Minha família,
meus amigos mais próximos, todos dizendo o quanto eu estava sendo exagerada(ok,
entendo que eu pareça extremamente exagerada pra todo mundo, entendo MESMO) e
que não ia mudar nada. “Como assim, não vai mudar nada? Vai mudar tudo! Já está
mudando tudo!” – Eu não entendia como aquele sofrimento, que tornou-se uma cruz
tão pesada pra mim, podia ser interpretado com risos e piadinhas(by the way,
achei algumas delas inaturáveis, estúpidas e desnecessárias DEMAIS!). Senti
muita raiva, ódio, solidão. Achava inaceitável, pois família e amigos existem
pra te aturar, pra te ajudar, pra sofrer com você, pensava eu. Só pensava.
Pensava e só. Na verdade família e amigos existem pra gostar de você apesar das
suas imperfeições. Conhecer seus defeitos, odiá-los, mas ainda assim amar você.
Enfim...
A pior parte de qualquer dor é saber que a sentimos sempre sozinhos. Não
importa o quão gentis e compreensivas as pessoas sejam, no final, a gente
encara mesmo tudo sozinhos. Ninguém
entende a dor alheia, nem sabe como lidar com ela. Se nem nós sabemos direito
como lidar com nossas dores, imagine os outros. Então, se o seu “drama” é muito
grande, se o incômodo que você sente com aquela “coisinha atoa” é “exagerado”,
aprenda a tentar ser compreensivo com o outro você também. Ninguém além de você
sabe o que você está passando de verdade. Pode ser que alguém já tenha vivido
uma situação parecida, mas nunca a mesma. São nas horas difíceis
que aprendemos a aceitar a solidão e a usar toda a força que temos. E é isso o
que nos tornará pessoas melhores.
Acho que era só isso que eu queria dizer. Um beijo.
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