Queridas frustrações, porque é que vocês sempre aparecem pra estragar os
meus indícios de alegria? Quando é que eu vou aprender a lidar com vocês?
Porque vocês não me deixam em paz, e vão procurar outra pessoa pra azarar?
Hoje é dia 24 de Janeiro, eu deveria estar lá fora conversando com a
minha prima, ou assistindo qualquer merda na televisão, mas o desespero não quer
parar quieto de jeito nenhum. Sem falar nas malditas frustrações, que ficam
pulando e brincando em cima de mim, como se eu fosse uma cama elástica, e assim
não consigo descansar.
Toda essa algazarra fez com que a paz perdesse a paciência e me
deixasse.
Assim sobramos eu e essas pestes, que não sossegariam até eu sentar aqui
e contar suas aflições.
Então cá estou eu, falando com vocês enquanto tento me recompor.
Mas enfim, vamos começar pelas frustrações. Primeiramente, quero dizer
que sei muito bem que sempre haverá frustrações. Elas fazem parte da vida de
todo mundo, e nunca vão me deixar em paz. Mas por mais que eu tenha ciência
disso, ainda não sei como lidar com elas. Então vem o desespero... E é dele que
vou falar agora.
O desespero surgiu porque outra colega, a decepção, resolveu me visitar.
Faz quase quinze dias que eu estou fora de casa. E por mais que eu goste
da minha família, estar longe dos meus amigos, da minha vida, e das minhas
coisas, está me deixando meio louca... E saber que a minha volta pra casa foi
adiada é ainda mais desesperador. Sexta feira sai o resultado do meu vestibular
e se eu não passar, vou ficar ainda mais frustrada que agora, e se eu passar,
não vou poder pular, gritar e comemorar com os meus amigos(algo que também vai
me deixar frustrada).
Aí então vocês vêm me dizer “Comemora quando tu voltar!” ou “Comemora
com a sua família!” – Bem, pode parecer muito idiota, bobo, infantil... Pode
parecer qualquer merda, mas pra mim faz muita diferença. Primeiro porque eu não
sei quando vou voltar. Segundo porque só os meus amigos sabem o quanto eu
estudei e me dediquei pra essa prova. Foram eles quem me apoiaram e ajudaram, e
ninguém vai entender melhor que eles o que eu estarei sentindo. Passando, ou
não.
Mas enfim, agora que o desespero diminuiu, acho que posso descansar um
pouco. A paz eu sei que não vai voltar, mas talvez a calma chegue logo...
Beijos e até mais.
Obs. As vezes cansa ter que me explicar. As vezes até eu, que pra tudo
tenho que ver motivo, sinto vontade de poupar palavras e dizer que se eu quero,
é porque eu quero e só. Não é sempre que eu gosto de compartilhar, e eu
gostaria muito que algumas pessoas entendessem isso de vez.
Ajuda dizer que, passando ou não, frustrada ou não, desesperada ou não, eu sempre estarei aqui pra te apoiar, amar e cozinhar para você? Se cuida, garota! Ainda quero você inteira, do jeitinho que é, por muito tempo! Com amor, Li.
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