quarta-feira, 24 de julho de 2013

Tô me namorando.

Nunca entendi direito a obcessão que algumas pessoas têm de estar sempre com alguém. É como se a ideia de estar sozinha as fizesse inferiores aos demais. A própria companhia não as basta.
Não estou generalizando. Conheço muitas pessoas que gostam de estar acompanhadas simplesmente por apreciar a companhia do outro, mas que não se martirizam quando estão solteiras. Mas sejamos sinceros, não são todos que conseguem esse equilíbrio.
Nunca namorei sério. Atualmente, não sinto vontade. Algumas pessoas ficam inconformadas com isso, não conseguem entender, e não conseguem disfarçar os olhares indignados. E sinceramente, não me importo. Só não entendo.
Será que é MESMO necessário estarmos comprometidos em todos os sentidos com alguém, pra estarmos felizes?
Vivo, atualmente, uma experiência que gostaria que todos tivessem a oportunidade de vivenciar; o aproveitamento de minha própria companhia.

Tô me namorando, as vezes brinco.
E isso não significa que estou sozinha, muito pelo contrário. Há sempre pessoas interessantes ao meu redor. Só que sem a necessidade do comprometimento, das eternas brigas, e das dores de cabeça constantes que duas pessoas podem se proporcionar.
Não me levem pelo lado errado, também não estou dizendo que “tô pegando todo mundo”. “Solteira sim, sozinha nunca.”, no sentido “literal”. Isso é desnecessário, e algo a que não consigo a me habituar.
Só que quando estou com alguém, por aquele momento, me sinto feliz por estar onde estou e com quem estou. Sem esperar por uma continuidade. E no momento seguinte, quando estou sozinha num sábado a noite, embaixo das cobertas vendo um filme, também me sinto realizada. Seja com meus amigos, comigo mesma, com meus pais, enfim. Não há martírios, ciúmes, e paranoias. Não há sentimentos exacerbados. Assim consigo aproveitar melhor cada momento, sem nenhuma culpa.
Minha inspiração aumentou. Minha vontade de estudar também. Até mesmo minha esperança, que até pouco estava morta.
Vejo muitas pessoas cultivando um relacionamento, por medo de ficarem sozinhas pra sempre. Ou outras paranoias. Não as entendo. Talvez, ao se libertarem de um sentimento que as machucam, e se permitissem a solidão, o autoconhecimento, e o conhecimento de mais pessoas, se sentiriam muito mais felizes e realizadas. Mesmo “sozinhas”.

Então, termino esse texto, dando o seguinte conselho aos que estiverem presos; libertem-se. Eu juro que não dói. Só no começo, ok, pois tirar alguém que significou tanto da sua vida sempre trás um pouco de incômodo no início. Mas passa rápido, falando sério. Na hora certa, quando você menos esperar, alguém pode aparecer, e te transbordar. Enquanto isso se complete! Nascemos todos sozinhos, e não levaremos ninguém conosco na hora de nossa partida. Além disso, não precisa se estar em um relacionamento pra ter com quem compartilhar a vida. É pra isso que existem os amigos e a nossa família. O mundo está cheio de pessoas interessantes, e se você procurar bem, vai se surpreender com as descobertas que fará.

Um comentário:

  1. Acho que estou me namorando agora. As pessoas adoram me dizer que eu PRECISO de um namorado. Mas estou tão realizada com as pequenas coisas do dia-a-dia que não está tendo espaço faltando para alguém completar. Não descarto uma possibilidade, mas não é a prioridade no momento. Adorei o seu texto. Parabéns.

    Saudades das nossas conversas, rs. Sua linda.
    Beijos

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