quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Enforcada.



Sentenciada a um tipo estranho de pavor que nunca passa, deitou-se em sua cama e esperou... Até que seus temores se fossem por um tempo.
Queria sair, mas haviam correntes que a prendiam a aquele cômodo, e a impediam. 
Não era boba, por mais que fosse medrosa. Sabia a gravidade da situação na qual havia sido colocada. Mas a culpa era unicamente dela, afinal?
Não sabia, e nem queria descobrir.
Odiava pensar na ideia de punir outras pessoas por sua personalidade falha.
Mas enfim, como já disse antes, ela precisava - como precisava... - ir embora. Precisava se testar e provar pra si mesma que conseguiria fazer o que fosse necessário... Mas não conseguia pensar em fazê-lo sem que a angústia voltasse e a adoecesse. Precisava de ajuda. Uma ajuda que recusavam a lhe dar. 
Um encorajamento, um voto de confiança... Era só isso o que lhe faltava. E seria algo que não conseguiria de ninguém que deveria lhe dar.

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